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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Manifestação no Detran-CE termina em confronto com PM

Bairro Maraponga: para garantir os testes de habilitação na sede do órgão, a Polícia Militar foi acionada
Até esta sexta-feira, dos nove postos de atendimento do órgão na Capital, apenas três estão funcionando
Manifestação realizada, na manhã de ontem, pelos servidores grevistas do Departamento Estadual de Trânsito do Estado do Ceará (Detran) terminou em bate-boca com o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

A confusão começou por volta das 7h, na sede do órgão, na Maraponga, quando os servidores tentaram impedir a entrada de pessoas que iriam fazer o teste de habilitação. Os grevistas alegaram que os exames não foram desmarcados.

"Apenas 30% deveriam ser realizados hoje (ontem). No entanto, eles colocaram 100% dos exames marcados para serem feitos, colocaram a população contra os trabalhadores. Esse foi o motivo do confronto", afirmou Eliene Uchoa, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran).

Segundo a assessoria do Detran, antes da chegada dos alunos, os grevistas já haviam fechado os portões, sem saber a quantidade de pessoas que estariam prestando os testes.

Para permitir a entrada da população, o órgão acionou o Batalhão de Choque, que chegou ao local por volta das 10h30. Após bate-boca e empurra-empurra, a manifestação foi dissolvida e a entrada liberada.

Os cerca de 90 manifestantes foram contidos pelos 30 policiais que participaram da operação e seguiram para outra parte do prédio, onde continuaram reunidos. Às 11 horas, os exames foram iniciados. Ninguém ficou ferido.

Mesmo após o fim da manifestação, muitos alunos desistiram de fazer o teste de habilitação, com medo de serem reprovados pelos avaliadores.

O sub-gerente de supermercado Rafael Ribeiro não desistiu de fazer a prova, mas sentiu-se prejudicado pelo acontecimento. "A gente ficou com medo porque disseram que quem entrasse para fazer o teste seria reprovado. A gente chega cedo, já um pouco ansioso pelo teste, e quando encontra uma situação dessa desestabiliza o psicológico e o emocional da gente".

A presidente do Sindetran, Eliene Uchoa, disse que não teve conhecimento da informação e afirmou que faltou sensibilidade na solução do conflito, com a chamada do Batalhão de Choque . "A administração deveria ter tido a sensibilidade de resguardar a população. Uma confusão como essa altera o psicológico de quem vai fazer a prova", disse.

O presidente da Comissão de Direito Sindical da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), Thiago Pinheiro, esteve no local e considerou a intervenção da polícia desnecessária. "A greve é pacífica, foi feita de acordo com a legislação, não precisava do Batalhão. Grande parte dos grevistas é de pessoas mais velhas, tinha que ter tido mais cuidado", disse.
A assessoria do Detran-CE informou que o órgão considera a greve precipitada, já que estavam caminhando nas negociações e uma reunião teria sido marcada para a segunda quinzena de agosto. Até esta sexta-feira, dos nove postos da Capital, apenas três funcionarão. Dos 11 postos no interior, somente quatro estarão atendendo. O Detran calcula uma queda no atendimento em todo o Ceará em 80% dos serviços.
REGINA PAZESPECIAL PARA CIDADE
Publicado em 15 de julho de 2011

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