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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Estádio de Brasília já teve 29 acidentes desde início de obras, diz sindicato


Cinco operários se acidentaram em obra na tarde desta segunda-feira.
Consórcio diz ter enviado técnicos para fazer avaliação no local.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mercado Imobiliário, Raimundo Salvador Braz, disse nesta terça-feira (7) que já foram registrados 29 acidentes nas obras do Estádio Nacional de Brasília desde o início do trabalho – três em 2010, 16 em 2011 e dez neste ano. O local vai sediar jogos da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo, em 2014.

Por meio da assessoria, o Consórcio Brasília 2014 confirmou o dado e disse que os casos variam dos acidentes leves, "desde uma martelada no dedo", aos mais graves, "como o de ontem".
Segundo os responsáveis pela obra, a construção possui 35 técnicos de segurança do trabalho, dois médicos e quatro engenheiros de segurança. Além disso, o consórcio diz ter recebido um certificado internacional que avalia a higiene, a segurança, os direitos trabalhistas e o respeito à comunidada próxima às obras.
Nesta segunda (6), cinco operários sofreram acidente na construção e foram internados no Hospital de Base – dois já foram liberados. José Amilton Silva Sousa, de 33 anos, e Antônio José Alves, de 27, receberam alta. Francisco Gusmão, de 62, e Silvano Santos Silva, de 36 anos, ainda não haviam recebido alta até às 12h15. Jeferson Neres foi submetido a cirurgia na perna esquerda (veja vídeo).
"Não sei se a palavra certa para definir a ação do consórcio é negligência, mas, diante da quantidade de acidentes, diante da possível falha de algum procedimento, pode, sim, ter havido negligência", disse o vice-presidente do sindicato.
Por meio da assessoria, o consórcio responsável pelas obras informou ao G1 que aguarda o laudo da perícia, realizado pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil, para saber se houve negligência na condução dos trabalhos. O Brasília 2014 informou ainda ter encaminhado ao local técnicos para fazer uma ‘avaliação de engenharia’ para saber as causas do acidente.
"A gente espera que o número de acidentes seja zero, apesar das características da obra, como a altura. Mas são números que a gente não considera normais. Vinte e nove acidentes, a gente pode dizer, é algo fora dos padrões. A pressa em terminar a obra pode ter contribuído com o número de acidentes. Os prazos para a entrega são pequenos, até mesmo pela proximidade dos eventos. Temos também as jornadas, que são extenuantes, cansativas", disse Raimundo Salvador Braz.
Em relação ao acidente desta segunda, o vice-presidente do sindicato disse que "pode ter ocorrido um erro de procedimento".
"Nós estivemos com a direção do consórcio e eles nos disseram que estão dando toda a assistência às famílias dos operários, disponibilizaram psicólogos e assistentes. Acompanhamos a perícia da Polícia Civil e terá a [perícia] dos fiscais do trabalho", disse.
Morte
O acidente mais grave ocorreu em 11 de junho, quando um operário de 21 anos morreu após cair de altura de aproximadamente 30 metros.
Fonte: G1/DF

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