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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Jornal O Povo - Liberdades Sindicais e afastamento de diretoria


DIREITO 29/04/2013 - Matéria que circulou no jornal impresso do dia29 de abril de 2013
O momento é de tristeza para os defensores das Liberdades Sindicais. Sabe-se que a Constituição Federal proíbe a intervenção e a interferência nos sindicatos. Contudo, há situações extremas em que outros interesses superiores se contrapõem a este direito, como os direitos da categoria.

Foi com base na existência de interesses superiores que o MPT promoveu a Ação Civil Pública, acolhida liminarmente pela Justiça do Trabalho, que afastou a diretoria do Sindicato Mova-se, em procedimento que tem sido admitido com tranquilidade pela OIT. Assim, visou-se privilegiar o interesse de toda a categoria e a ordem pública.
Segundo o MPT, foram constatadas diversas irregularidades no Sindicato Mova-se, inviabilizando o cumprimento de decisões judiciais anteriores e a efetiva realização das eleições. A situação se agravou diante da proximidade do encerramento do mandato da última diretoria (3/2/2013), com a falta de composição entre os diretores e membros das chapas para a viabilização das eleições, bem como da tentativa de levar o MPT a erro em audiência ocorrida no dia 15 de janeiro de 2013, na sede da Procuradoria.
Outro fator agravante foi o tempo exíguo para a realização do pleito, pois os representantes das chapas interessadas e a diretoria do Sindicato pactuaram em confiar ao MPT a realização integral das eleições, já nos 65 dias mínimos. Assim, o MPT teve a preocupação de conduzir o pleito da maneira mais viável, mesmo tendo sido procurado nos últimos momentos, uma vez que o Estatuto do Mova-se prevê prazos mínimos (entre 120 e 65 dias antes do fim do mandato) para a realização das eleições.
Este quadro piorou quando a Comissão Eleitoral, mesmo realizando diversas reuniões para sanar os problemas e concretizar as eleições em janeiro de 2013, teve de emitir parecer técnico no qual nenhuma das chapas pôde ter o registro deferido. Após todo este processo, foram realizadas eleições com apenas uma chapa.
É importante salientar que nos dois turnos eleitorais que aconteceram em 2013, não foi obtido o quórum mínimo de votantes, de modo que no dia 10 de abril foi publicado novo edital chamando novas eleições para os dias 12 e 13 de junho. Desta forma, é imprescindível a participação dos servidores filiados ao Mova-se para que a eleição se concretize e a categoria volte a ter o controle da instituição sindical.
Clovis Renato Farias
Presidente da Junta Governativa do Sindicato Mova-se, membro do Grupe e doutorando em Direito pela UFC

Um comentário:

Anônimo disse...

PAULO MARCELO FARIAS MOREIRA 29/04/2013 10:53
Pode ter sido um momento de tristeza para os defensores das Liberdades Sindicais. Mas foi um momento de alegria para os que acreditam na justiça. Os que foram acusados injustamente pelo MOVA-SE sem direito a se defender aplaudem a medida.