Total de visualizações de página

Clique na imagem e se transforme

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Arte: Além da Liberdade (filme)


Filha de um herói da independência da Birmânia, Aung San Suu Kyi (Michelle Yeoh) foi morar no exterior ainda jovem. Na Inglaterra se casou com Michael Aris (David Thewlis) e teve dois filhos, Kim (Jonathan Raggett) e Alex (Jonathan Woodhouse), mantendo contato com o país através de livros publicados e o acompanhamento das notícias locais. Ao saber que sua mãe está internada em um hospital, Aung decide voltar à Birmânia para revê-la. Logo ao chegar ela é procurada por vários líderes locais, que desejam que ela coopere com o movimento pela implementação da democracia no país. Aung aceita o convite e, pouco a pouco, torna-se um ícone do movimento. A situação não agrada a ditadura militar local, que passa a acompanhar todos os seus passos e tenta impedi-la de promover manifestações. Até que, na esperança de fazer com que o povo se esqueça de Aung, o governo ordena que ela permaneça em prisão domiciliar por 15 anos.

Aung San Suu Kyi
Aung San Suu Kyi, em birmanês:  , AFI: [àuɴ sʰáɴ s tɕì] (Rangum, 19 de junho de 1945), é uma política de oposição birmanesa, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 1991 e secretária-geral da Liga Nacional pela Democracia (LND).
Suu Kyi é a terceira dos filhos de Aung San, considerado o pai da Birmânia moderna (atual Mianmar).
Durante a eleição geral de 1990, a LND, partido liderado por Suu Kyi, obteve 59% dos votos em todo o país, conquistando 81% (392 de 485) dos assentos no parlamento - o que deveria fazer dela a primeira-ministra da Birmânia. No entanto, pouco antes das eleições, ela foi detida e colocada em prisão domiciliar, condição em que viveu por quase 15 dos 21 anos que decorreram desde o seu regresso à Birmânia, em 20 de julho 1989, até sua libertação, depois de forte pressão internacional, em 13 de novembro de 2010. Ao longo desses anos, Suu Kyi foi uma das mais notórias prisioneiras políticas do mundo.
Em 1° de abril de 2012, foi eleita deputada pela Liga Nacional pela Democracia.
Suu Kyi é filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia (também chamado Mianmar), ex-colônia britânica, que foi assassinado pouco antes da independência do país (proclamada em 4 de janeiro de 1948), quando ela tinha dois anos de idade.
Suu Kyi foi educada nas melhores escolas de Rangum - antiga capital e maior cidade do país. Também estudou na Índia, onde sua mãe, Khin Kyi, foi embaixadora, e na Universidade Oxford, onde conheceu Michael Aris, um especialista em civilização tibetana, com quem viria a se casar. Após a graduação, entre 1969 e 1971, ela trabalha na ONU, em Nova York. Em janeiro de 1972, casa-se com Michael. O casal teve dois filhos, Alexander (Londres, 1973) e Kim (Oxford, 1977).
Em 1988, Suu Kyi regressa ao seu país, a princípio para cuidar de sua mãe, que se encontrava enferma. Porém, logo se envolve com o movimento pró-democracia. Por ser descendente de um prócer da independência, sua presença inflama o movimento. Seu retorno coincide com a eclosão de uma revolta popular contra os vinte e seis anos de governo do general Ne Win, que reultaram em alto grau de repressão política e colapso da economia do país. Em 23 de julho, o general Ne Wan renuncia, mas as manifestações populares de protesto continuam. O movimento é brutalmente reprimido. Mais de 5.000 manifestantes são mortos em 8 de agosto de 1988 - na chamada Revolta. Em 18 de setembro, instala-se uma junta militar no governo do país. Alguns dias depois, em 24 de setembro, um novo partido é formado - a Liga Nacional pela Democracia, LND -, tendo Suu Kyi como secretária-geral. Ela se torna a principal líder do movimento pró-democratização. Naquele mesmo ano, dez mil pessoas morreriam na luta contra o regime militar birmanês. Entre outubro e dezembro, Suu Kyi percorre o país, pregando a não violência e a desobediência civil, em grandes comícios. Em dezembro, morre sua mãe, Daw Khin Kyi, aos setenta e seis anos. 12
Em 1989, Suu Kyi é presa pela primeira vez, ficando impedida de apresentar sua candidatura às eleições gerais do ano seguinte - as primeiras no país desde 1962. Mesmo assim, seu partido, a LND, obtém uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, conquistando 81% das cadeiras em disputa. A junta militar se recusa a reconhecer o resultado das eleições.
Ainda em 1990, o Parlamento Europeu concede a Suu Kyi o prémio Sakharov de liberdade de pensamento. Em 1991 ela é galardoada com o Nobel da Paz. Em 10 de dezembro, seus filhos, Alexander e Kim, recebem o prêmio, em nome de sua mãe. Suu Kyi permanece presa e se recusa a deixar o país, conforme lhe propõe o governo birmanês. O movimento por sua libertação cresce em todo o mundo.
Em 1995, o regime militar decide levantar a pena de prisão domiciliária imposta a ela, como sinal de abertura democrática dirigido à comunidade internacional. Mas sua liberdade dura pouco. Logo estará novamente em prisão domiciliar.15
No Natal de 1995, Michael consegue permissão para visitar a esposa. Será o último encontro do casal. Em 27 de março de 1999, ele morre de câncer, em Londres, sem ter conseguido voltar a Mianmar para ver Suu Kyi. O governo sempre insistia que ela fosse encontrar sua família, na Inglaterra, mas ela sabia que, se concordasse em sair do país, as autoridades birmanesas não a deixariam retornar. Assim, ela assume essa separação como um sacrifício a ser feito por seu país.
Em 2000, o grupo U2 fez uma canção em sua homenagem chamada "Walk On". Em 2005, Damien Rice e Lisa Hannigan escreveram a canção "Unplayed Piano em sua honra e tocaram-na ao vivo no "Nobel Peace Prize Concert (Nobels fredspriskonsert)" em Oslo, Noruega.
Em 2008, Suu Kyi foi considerada como a 71ª mulher mais poderosa do mundo, pela revista Forbes. Em setembro do mesmo ano, seu estado de saúde suscitou preocupação. Ela estaria recusando a comida que lhe era fornecida pela junta militar.
Nove ganhadores do Nobel manifestaram apoio a Aung San Suu Kyi, que estava sendo julgada. Segundo a Secretária de Estado para os Direitos Humanos da França, Rama Yade, a detenção de Suu Kyi, a poucos dias de sua liberação, visava afastá-la do processo eleitoral. O objetivo do regime era chegar às eleições legislativas de 2010 sem entraves. "Trata-se de um estado que vive sob o terror há vinte anos,". Suu Kyi, mantendo-se em seu país, marca resistência pacífica mas firme ao regime autoritário.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, qualificou de escandaloso o processo contra Aung San Suu Kyi. "É escandaloso que ela seja julgada e continue a ser detida em razão de sua popularidade", declarou Clinton em Washington.
Em 30 de maio, os dois juízes militares responsáveis pelo julgamento da principal opositora birmanesa adiaram a data de apresentação das razões finais no processo contra ela, de 1º de junho para 5 de junho. "O tribunal pronunciará a sentença depois das razões finais" − disse Kyi Win, um dos três advogados que defendiam Aung San Suu Kyi.
Em 19 de Junho de 2010, Aung San Suu Kyi completou 65 anos ainda em prisão domiciliar. Na ocasião o presidente americano Barack Obama fez um apelo ao governo de Myanmar para que a liberte, assim como aos demais presos políticos.
Em 13 de novembro de 2010, Suu Kyi foi finalmente libertada da prisão domiciliar, ficando autorizada a se deslocar livremente. Ao discursar para cerca de 4.000 simpatizantes, ela defendeu a democracia e a "reconciliação nacional". "Estou preparada para conversar com qualquer um. Não guardo ressentimento de ninguém", disse ela. Em 15 de agosto de 2011, ela se encontrou com o presidente Thein Sein e manifesta apoio à abertura iniciada pelo governo, que inclui a libertação dos numerosos presos políticos do país.
Em 1° de abril de 2012, seu partido, a Liga Nacional pela Democracia, anunciou que ela havia sido eleita para o Pyithu Hluttaw, a câmara baixa do parlamento birmanês, representando o distrito eleitoral de Kawhmu, na região de Yangon. Seu partido também conquistou 43 dos 45 assentos vacantes da câmara baixa. No dia seguinte os resultados da eleição foram confirmados pela comissão eleitoral oficial.
Prêmios e honrarias
Prêmio Rafto (1990)
Prêmio Nobel da Paz de 1991
Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento (1990)
Prêmio Jawaharlal Nehru para a Compreensão Internacional, concedido pelo governo da Índia (1992)
Prêmio Internacional Simón Bolívar, do governo da Venezuela (1992)
Cidadania honorária do Canadá, concedida pelo governo daquele país (2007).27 Até então, o título só havia sido concedido a três outras pessoas.
Medalha Wallenberg (2011)

Nenhum comentário: