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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Copa das Confederações não alavancou o turismo interno, diz pesquisa SPC Brasil Copa das Confederações

Uma pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil ) mostrou que a Copa das Confederações não foi capaz de movimentar o turismo interno, assim como também não atraiu o turista estrangeiro. Segundo o estudo realizado junto a torcedores das seis cidades sede, 85% das pessoas que foram aos estádios moravam no mesmo estado onde estava sendo realizado o evento. Já de acordo com dados da Fifa, apenas 3% dos ingressos foram comprados por torcedores estrangeiros.

Na avaliação da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), essa baixa movimentação de turistas teve impactos no comércio, que contava com um provável aumento de demanda. "Uma pesquisa anterior realizada em abril desse ano, mostrou que 83% dos comerciantes acreditavam que a Copa das Confederações iria trazer novas oportunidades de desenvolvimento para os negócios locais. A falta de turistas no evento, aliada aos resultados das manifestações nas ruas, devem refletir em nosso indicador de vendas de junho", avalia o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.
Perfil do torcedor
O estudo também traça o perfil do consumidor que foi aos estádios durante os jogos. De acordo com os dados, a maior parte dos torcedores era formada por homens (62%) solteiros (59%), moradores do mesmo estado onde estava sendo realizado o evento (85%), com idade entre 18 e 34 anos (60%), pertencentes às classes AB (75%) e que foram aos jogos acompanhados dos amigos (45%).
Na avaliação do gerente financeiro do SPC Brasil , Flávio Borges, o estudo mostra um perfil de consumidor bastante disputado pelo mercado. "94% dos entrevistados não parcelaram os gastos. Ou seja, é um comprador que não apresenta qualquer tipo de risco, porque a paga a vista e tem um alto poder aquisitivo", avalia.
Comércio X Serviços
Embora 83% dos varejistas acreditavam que a Copa das Confederações iria trazer novas oportunidades de desenvolvimento para os negócios locais, a pesquisa realizada durante os jogos apontou um cenário diferente: o consumo foi direcionado para o setor de serviços como restaurantes, bares e boates, deixando o segmento varejista a desejar.
Os dados mostram que boa parte dos consumidores pretendiam gastar quantias significativas durante o dia do evento com, por exemplo, alimentação (média de R$ 90 por dia), bares e boates (média de R$ 101 por dia). No entanto, praticamente 70% do público que foi aos estádios não colocou a mão no bolso para levar um produto de loja para casa (souvenires, roupas, calçados e artigos esportivos). "O que é de certa forma natural, já que a maioria desses consumidores eram locais e não ira mesmo gastar com souvenires ou artigos esportivos, comumente comprados em viagens para presentear amigos e familiares", explica Roque Pellizzaro Junior.
Evento nota sete
De zero a dez, a nota média dada pelos entrevistados para a Copa das Confederações foi sete. Quando perguntados sobre a avaliação de alguns segmentos do evento, o item com o maior percentual de avaliações positivas foram os estádios, com 88% de classificação bom ou ótimo. Outros quesitos com altos percentuais de avaliações positivas foram hospedagem (58%), comércio em geral (57%), bares e restaurantes (56%) e turismo/cultura/eventos (52%).
Já os itens mobilidade urbana (40%), estacionamento (46%), transporte público (48%) e aeroportos (29%) tiveram um maior percentual de avaliações do tipo péssimo ou ruim. Na opinião de Flávio Borges, houve uma maior reclamação com aqueles serviços mais relacionados às estruturas de responsabilidade do estado. "Essa insatisfação relacionada às políticas urbanas, econômicas e sociais refletem de certo modo as manifestações vistas nas ruas. Além disso, 70% dos torcedores consideram que os recursos públicos investidos na Copa não foram bem investidos ou fiscalizados", afirma.
De olho no ano que vem
Segundo a pesquisa, 85% dos torcedores acham que o investimento pessoal para ir aos estádios foi algo que valeu a pena, mas 62% ainda consideram o Brasil despreparado, de maneira geral, para o evento do ano que vem, a Copa do Mundo. "Ou seja, o público considerou a preparação adequada para um evento teste como a Copa das Confederações, mas ainda falta melhorar para o evento principal, que é em 2014", explica.
Autor: Vinculado ao economiabaiana
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A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) está realizando um estudo para avaliar a qualidade da infraestrutura e dos serviços turísticos da Copa das Confederações. Hoje (28) o MTur (Ministério do Turismo) divulgou uma prévia desses resultados, que mostram índices satisfatórios -acima dos 50% -em mais da metade dos quesitos avaliados.
Especificamente para os turistas estrangeiros, 68,9% afirmaram que vieram ao Brasil motivados pelos jogos, e tempo de permanência no País foi de 8 a 15 noites (41,5%). Segundo o levantamento, 84% dos visitantes de fora tinham preferência por permanecer em hotéis.
Considerando brasileiros e estrangeiros, o público permaneceu até três noites na cidade-sede (73,4%) e se hospedou majoritariamente em hotéis (58,4%) e casas de família (37,1%).
Os serviços turísticos mais bem vistos foram os restaurantes (91,5%), a diversão noturna (86,2%) e o local de hospedagem (84,8%).
A Fipe vai entrevistar até domingo 14 mil pessoas nos arredores dos estádios, hotéis, estabelecimentos públicos, comércios e locais de retiradas de ingressos das seis cidades-sede. Os dados completos consolidados serão divulgados nas próximas semanas.

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