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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mais médicos, mais saúde

Artigo publicado, no dia 14 de outubro de 2013, no jornal O Povo.
O Sistema Único de Saúde (SUS) tem preponderante significado na construção de um modelo de desenvolvimento e de sociedade mais justa; seus princípios de universalidade, equidade, integralidade e controle social são patrimônios políticos e contraponto às ofensivas do capital. Porém, para sua total efetivação, ainda requer profundos avanços com foco na garantia do acesso e acolhimento com qualidade e agilidade para atender às expectativas da população. São urgentes ações que priorizem uma efetiva melhora no atendimento básico de saúde.
O Programa Mais Médicos, criado pelo Governo Federal, fortalece a saúde como pauta prioritária das políticas públicas em nosso país. Com ampliação do número de médicos na atenção básica em periferias de centros urbanos e de municípios do interior, a iniciativa preenche a lacuna deixada pela carência de profissionais. Atualmente, o Brasil tem 1,8 médicos por mil habitantes.

O contraditório é que, ao mesmo tempo em que parecia uníssono às reivindicações em priorizar a saúde, tornou-se polêmica a chegada dos médicos estrangeiros ao Brasil. Apesar de comprovadas a experiência e a capacidade de exercer o ofício no País por três anos, um dos maiores obstáculos enfrentados por esses médicos tem sido a aquisição do registro profissional, concedido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). De acordo com o Ministério da Saúde, dos 648 pedidos de registro profissional para os participantes do Programa Mais Médicos com diplomas do exterior, apenas 276 foram emitidos até este mês de outubro – o equivalente a 42% do total.
Este é, sem dúvida, um momento especial para a população e para os profissionais de saúde. É a oportunidade de retomar as reivindicações que fortalecem e dinamizam o SUS. É inaceitável a manifestação xenofóbica e corporativista de alguns que hostilizam os médicos estrangeiros. A hora é de demonstrar que os discursos são sonhos que queremos concretizar e não apenas bravatas políticas.
Joana Almeida - Presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE)
15/10/2013

Fonte: CUT/CE

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