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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Trabalhadores da construção civil em Pernambuco entram em greve segunda-feira

Quase 60 mil trabalhadores da construção civil pernambucana vão cruzar os braços na próxima segunda-feira (28). A decisão foi tomada na noite de quarta-feira (23), em assembleia da categoria. Eles querem reajuste de 18%, mas os patrões oferecem 5,7%.
De acordo com a presidente do O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada  (Marreta), Dulcilene Morais, a greve só não começa nesta quinta (24) por causa da comunicação obrigatória de 48 horas que a legislação exige. Todas as obras da base do sindicato serão atingidas, inclusive no Interior do Estado. Somente em Boa Viagem são 258 construções.
Na mesma assembleia, os trabalhadores também decidiram paralisar, a partir das 7h desta quinta, a obra onde o servente de pedreiro Edvaldo Maxiliano Figueira, 25 anos, foi atingido na cabeça por um instrumento que caiu do 16º andar.

"O Ministério do Trabalho ainda não foi embargar a obra e o rapaz está em estado grave no Hospital da Restauração. Já denunciamos essa obra mais de 20 vezes. Além disso, a empresa quer mascarar o acidente e responsabilizar o trabalhador, alegando que ele estava em uma área de risco por livre e espontânea vontade", afirmou Dulcilene Morais.
A respeito da greve, a presidente do sindicato disse que os patrões também negaram vale compras, hora extra 100% aos sábados e querem reduzir o valor da hora extra de 70% para 50%. "Eles também sugeriram que o próprio trabalhador pague a passagem quando precisar se deslocar para o serviço na capital", relatou.
A assessoria de comunicação do Ministério do Trabalho e Emprego em Pernambuco informou que uma dupla de fiscais do órgão deverá comparecer à obra de Boa Viagem, na manhã desta quinta, para fazer uma vistoria no local.
Ainda de acordo com a assessoria, o lugar recebeu, este ano, 16 autos de infração do Ministério, por descumprir normas de segurança e de saúde do trabalhador, e já foi embargada duas vezes, o que significa que ela paralisou as atividades completamente nas duas ocasiões, sendo a última vez em setembro.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/

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