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domingo, 22 de dezembro de 2013

Os cortes na saúde e suas consequências

Portugal
De 2011 a 2013 houve um corte no sector da Saúde de 663 milhões de euros. Na proposta de orçamento para 2014 haverá mais um corte de 300 milhões e perspectiva-se mais cortes para 2015. Aliás, é no agrupamento de Educação, Saúde e Segurança Social, que haverá mais cortes.
A reforma do Estado não se faz, pois, na administração central, nem nos sectores intermédios, mas nestes três sectores, nos quais assenta a estrutura do Estado Social. O Estado Social não é um Estado Assistencial. No Estado Social, este não está a dar nada. Está a servir de caixa de reembolso no caso da Segurança Social para onde as pessoas descontaram e está a usar os impostos no caso da Saúde e da Educação. Mas os impostos estão a servir para pagar os juros da dívida.

Os cortes na Saúde onde é que se estão a reflectir?
Estão praticamente impedidas as contratações de pessoal. Isto significa que os reformados não são substituídos. Faltam médicos e enfermeiros nos Cuidados Primários e nos Hospitais. Os números que nos mostram de médicos em comparação com a Europa são demagógicos, pois não têm em atenção os grupos de idades. Há mais médicos com idade superior a 55 anos e inferior a 35 anos. Falta a parte do meio… e é aí que os privados vão “pescar”.
Anunciam nos jornais as dívidas e mais dívidas dos hospitais. Claro que têm que ter dívidas e aprofundar dívidas. Há um permanente sub-financiamento. Quem não tem o rendimento suficiente acaba por dever mais e mais.
Entretanto, o Tribunal de Contas revela o contrato ruinoso com o Hospital da Cruz Vermelha e o Ministério tenta dar os Serviços de Cirurgia Cardiotoráxica dos Hospitais de Santa Cruz e de Santa Maria como tendo “deficiências”, quando são serviços de alta qualidade. As “deficiências” destes hospitais justificarão a opção pelo Hospital da Cruz Vermelha nessa área, tal como a publicação nos jornais das “deficiências” da Maternidade Alfredo da Costa pretenderão justificar o seu fecho.
Por Isabel do Carmo

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