Total de visualizações de página

Clique na imagem e se transforme

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Carta às pessoas descrentes da política (Ronaldo Naorevogaoit Queiroz)

Gostaria de escrever agora as pessoas descrentes da política e por isso vão votar nulo ou em branco. De fato o campo da luta não está restrito à dimensão política, mas esta é transversal a todas as realidades e um importante campo de luta. Não se enfrenta o Estado ou rompe com sua hegemonia anulando o voto.
Estado não é uma empresa do Capital, é uma relação social existente desde a antiguidade que nasceu com o sentido de democracia, voz do povo, mas que sempre exercitou a dominação sobre grupos humanos subalternizados num discurso de conquista. A exemplo disso Alexandre o Grande, e o Império Romano. Com esse último emergiu o catolicismo, apropriação do Estado imperial Romano do cristianismo primitivo, o dando nova roupagem a partir do Concílio de Trento. Esse imperialismo deu inicio a construção do ocidente, valores, costumes, culturas. Os Estados absolutistas da Idade Média tinham o braço forte da Igreja Católica que abençoou as guerras santas para o domínio do Oriente Médio em nome de um deus Guerra! Lá encontrou o povo de Alá e com seu Estado absolutista degladiou com os cristãos católicos.
O século XVIII e XIX foram das unificações dos Estados nações na europa, superando o absolutismo monárquico, destacando-se a revolução burguesa francesa ampliando a democracia em direção a expansão do lucro. Somos filhos deste Estado moderno europeu por ter sido colonizados por ele, com destaque para a Reforma Pombalina de 1759 no Brasil colonia para a expansão da produtividade a fim de alimentar o comércio exterior.
A história, a sociologia histórica, a antropologia histórica mostram que o Estado é uma relação social de dominação e é superado por outra relação que se estabelece, não menos. Então, se colocar como um voto nulo é extirpar esse tipo de relação, mas não propõe outra.
O poder popular se constrói nas ruas e nas atividades programáticas, mas não pode prescindir de vozes dentro da estrutura de poder que reverberem esse grito!
Por isso, devemos votar sim! Para um país que construa nesse decênio estruturas significativas para a propagação da vida humana contra a hegemonia do capitalismo e prevalecimento do atendimento as necessidades das pessoas, não de empresas e de grupos empresariais ou ainda do mercado financeiro.

Ronaldo de Queiroz Lima
(Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará)

2 comentários:

Anônimo disse...

Ivo Tonet: Votar nulo não significa, necessariamente, desqualificar a atividade política. Pelo contrário, pode significar a defesa da política como atividade revolucionária. Pediria que lesse meu texto: Eleições: repensando caminhos!

VIDA, ARTE E DIREITO disse...

Eleições: repensando caminhos (Ivo Tonet) - http://vidaarteedireitonoticias.blogspot.com.br/2014/08/eleicoes-repensando-caminhos-ivo-tonet.html