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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Trabalhadores da Volks decidem manter greve por demissões

Fabricante fez reunião com sindicato na terça-feira, mas sem avanço.
Produção de fábrica no ABC paulista está parada desde 6 de janeiro.
Trabalhadores dos 3 turnos da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) decidiram nesta quarta-feira (14) manter a greve por tempo indeterminado, que entra no 9º dia seguido, mesmo após a retomada das conversas com a montadora na véspera.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, não houve proposta nova da fabricante. Ela está disposta a discutir, mas os sindicalistas exigem a readmissão dos 800 empregados cortados em 6 de janeiro.

Para o secretário-geral da entidade que representa os trabalhadores, Wagner Santana, não há como negociar sem a reversão das dispensas. Novas reuniões devem ser feitas ao longo da semana.
Toda a produção está paralisada, apenas os setores administrativos e de desenvolvimento continuam. O local produz modelos Gol, Polo, Polo Sedan, Saveiro e Saveiro Cross. Na segunda-feira (12), uma passeata fechou parte da rodovia Anchieta, que liga o litoral à capital paulista.
Outro lado
A montadora não comentará o que foi discutido na reunião do sindicato, mas informou que vai negociar com os trabalhadores.
“A Volkswagen do Brasil foi procurada por autoridades representantes dos governos federal, estadual e municipal no sentido de Sindicato e Empresa dialogarem sobre o momento da unidade Anchieta e seus desafios de competitividade frente ao cenário de mercado."
"Sempre aberta ao diálogo e na busca de uma solução balanceada, a companhia confirma que retomou nessa terça-feira (13/01) as reuniões com a entidade que representa os trabalhadores com vistas a estabelecer condições para um futuro sólido e sustentável para a unidade Anchieta”.
No dia do anúncio das demissões, a empresa atribuiu o corte às condições econômicas. "Em razão do cenário do setor automotivo, diversas medidas de flexibilização da produção foram aplicadas desde 2013, como por exemplo férias coletivas, suspensão temporária dos contratos de trabalho (lay-off), entre outras. No entanto, todos os esforços não foram suficientes."

No ano passado, as exportações também foram prejudicadas com problemas na Argentina. Além disso, o Gol, modelo mais popular do Brasil há 27 anos, perdeu a liderança para o Fiat Palio no ano passado.
Tudo isto fez com que a produção encolhesse 15%, segundo a Volkswagen. Desde 2012, o governo brasileiro ofereceu incentivos tributários para o setor, por meio de desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em troca, as fabricantes deveriam manter o nível de emprego.
De acordo com o Sindicato dos metalúrgicos do ABC, a empresa já havia dito que há um excedente de 2 mil trabalhadores na fábrica. Em dezembro, os trabalhadores rejeitaram proposta de mudanças em acordo com a companhia que previa estabilidade de emprego na unidade até 2016.

Fonte: http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/01/trabalhadores-da-volks-decidem-manter-greve-por-demissoes.html

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