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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Manifestação de professores em Curitiba tem confronto com a PM, bombas e agressão

Manifestação de professores em Curitiba tem confronto com a PM, bombas e agressão
Prefeitura diz que houve 213 feridos, enquanto governo fala em 62, entre eles 22 policiais
CURITIBA E SÃO PAULO - Em pouco mais de uma hora de confronto, 213 pessoas, segundo a prefeitura de Curitiba, ficaram feridas num protesto de professores em greve que terminou em confronto com a polícia, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Segundo o serviço médico municipal, oito manifestantes — três com traumatismo craniano — foram levados a hospitais em estado grave. O governo paranaense, porém, fez à noite outro balanço: 40 manifestantes e 22 policiais feridos. A PM informou que sete manifestantes foram presos.

A confusão começou no início da tarde desta quarta-feira, após um grupo de professores tentar invadir a Alep, no momento em que começaria a votação de uma lei que muda as regras da previdência social do funcionalismo público. A greve dos professores começou em fevereiro e durou até o fim de março. No sábado, a categoria retomou a paralisação.
Assim que derrubaram as grades, os manifestantes foram contidos com tiros de bala de borracha e jatos d´água. Cerca de 20 mil pessoas participavam do ato, segundo os organizadores. A polícia não contabilizou.
Nos arredores do Centro Cívico, onde aconteceu o confronto, uma creche foi fechada, e as crianças, dispensadas.
Em meio ao avanço da polícia, os manifestantes reagiam jogando pedras e pedaços de pau. Equipados com capacetes, cassetetes e escudos, os soldados também avançaram sobre os jornalistas. Um cachorro pitbull da Polícia Militar mordeu um repórter cinematográfico da TV Bandeirantes. Ele foi levado em estado grave para uma ambulância do Samu e passaria ainda ontem por uma cirurgia. Uma equipe de TV foi afastada da área do conflito com jatos de água. Os profissionais foram derrubados no chão com o impacto.
Um jornalista da CATVE foi ferido por uma bala de borracha no rosto, segundo testemunhas. Imagens gravadas no local mostram policiais chutando manifestantes que já estavam rendidos, sentados no chão.
A tentativa dos professores de impedir a votação da lei foi inócua. O projeto foi aprovado no início da noite, em segundo turno, com 30 votos favoráveis e 21 contrários. Os parlamentares chegaram a fechar a sessão por causa da confusão, mas abriram uma extraordinária e aprovaram as mudanças da regra previdenciária. O projeto vai para a sanção do governador Beto Richa (PSDB).
Em meio a uma crise financeira, o governador enviou à Alep proposta que muda as regras de pagamentos do fundo de previdências estadual, a Paraná Previdência. O projeto propõe que 33 mil beneficiários com 73 anos ou mais sejam transferidos do Fundo Financeiro, mantido pelo Tesouro estadual, para o Fundo Previdenciário, bancado por contribuições dos servidores e do poder público. Assim, o governo deixa de pagar sozinho essas aposentadorias e divide a conta com os servidores.
Os servidores são contra a medida. Alegam que a mudança comprometeria a saúde financeira da Paraná Previdência. O governo nega e argumenta que o estado continuará arcando, mensalmente, com R$ 380 milhões para os benefícios de servidores civis e militares.
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Em razão da proposta, os professores, uma das categorias atingidas pela mudança, iniciaram nova greve. A Justiça determinou o retorno às atividades, mas os profissionais alegam que não foram notificados. Assim que a presidência da Alep anunciou que votaria a proposta esta semana, os servidores convocaram manifestação. O prédio da Assembleia estava cercado desde sábado por 2 mil policiais.
PREFEITO APELA POR PACIFICAÇÃO
Segundo a prefeitura de Curitiba, os feridos no confronto de ontem foram levados para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e para o Hospital do Trabalhador. O prefeito da capital paranaense, Gustavo Fruet (PDT), anunciou pelo Facebook que dispensou todos os servidores municipais que trabalham no prédio da prefeitura, perto do local do confronto. “Faço um apelo ao governador, Secretaria de Estado da Segurança Pública e Assembleia. Por favor. Momento é de pacificar. Já temos muitos feridos aqui”, escreveu o prefeito na rede social.
Antes mesmo do protesto pela mudança na previdência, os professores já reivindicavam um aumento de 13,01%, conforme o piso nacional.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/manifestacao-de-professores-em-curitiba-tem-confronto-com-pm-bombas-agressao-16013020#ixzz3YtCEhsoc 

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