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domingo, 17 de setembro de 2017

KARDEC: Espiritismo é religião... tríplice aspecto (Filosofia, Ciência e Religião)

Trechos págs. 490-495:

"(...) Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a comunhão de pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço. Uma religião, em sua acepção larga e verdadeira, é um laço que religa os homens numa comunhão de sentimentos, de princípios e de crenças; consecutivamente, esse nome foi dado a esses mesmos princípios codificados e formulados em dogmas ou artigos de fé.


(...) Se é assim, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores! No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos vangloriamos por isto, porque é a Doutrina que funda os vínculos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza.

(...) Qual é, pois, o laço que deve existir entre os espíritas? Eles não estão unidos entre si por nenhum contrato material, por nenhuma prática obrigatória. Qual o sentimento no qual se deve confundir todos os pensamentos? É um sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para com todos ou, em outras palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos, pois sabemos que os mortos sempre fazem parte da Humanidade.  A caridade é a alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem caridade.

(...) Crer num Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificação do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente com a perfeição; na eqüitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada à da imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível; na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados; considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno; aceitar corajosamente as provações, em vista de um futuro mais invejável que o presente; praticar a caridade em pensamentos, em palavras e obras na mais larga acepção do termo; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando toda imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle do livre-exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém; ver, enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, isto é, com todas as maneiras de adorar a Deus. É o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal."


(Revista Espírita, dezembro de 1868, Alan Kardec. Texto: O Espiritismo é uma religião?)


Reiterando:

Eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, isto é, com todas as maneiras de adorar a Deus. É o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal.


  1. Crer num Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom;
  2. Crer na alma e em sua imortalidade;
  3. Na preexistência da alma como única justificação do presente;
  4. Na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral;
  5. Na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos;
  6. Na felicidade crescente com a perfeição;
  7. Na eqüitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras;
  8. Na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura;
  9. Na duração da expiação limitada à da imperfeição;
  10. No livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal;
  11. Crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível;
  12. Na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados;
  13. Considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno;
  14. Aceitar corajosamente as provações, em vista de um futuro mais invejável que o presente;
  15. Praticar a caridade em pensamentos, em palavras e obras na mais larga acepção do termo;
  16. Esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando toda imperfeição de sua alma;
  17. Submeter todas as crenças ao controle do livre-exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega;
  18. Respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém;
  19. Ver, enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus.
    (Revista Espírita, dezembro de 1868, Alan Kardec. Texto: O Espiritismo é uma religião?)

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